A formação técnica, de menor duração e mais alinhada ao mercado de trabalho que o ensino superior tradicional, foi a opção de milhares de brasileiros que buscaram se qualificar em 2020. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) registrou 166.786 matrículas em cursos técnicos e 223.133 em cursos de qualificação profissional voltados para as necessidades da indústria, que hoje emprega 9,7 milhões de pessoas – ou 20,4% do total de empregos formais do país.
Os cursos técnicos têm duração de no mínimo 800 horas, ou 1 ano, podendo chegar a 3 anos; e o aluno deve estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Por preparar o indivíduo para o exercício de uma profissão, é muito procurado pelos jovens, de 16 a 23 anos, que representaram 50,8% (84.770) das matrículas em 2020.
Ainda que o percentual diminua conforme a faixa etária avança, 14.168 pessoas com mais de 41 anos viram no curso técnico a oportunidade de se reinventar ou garantir um emprego em um ano de pandemia. Para garantir a manutenção do calendário, as escolas realizaram a parte teórica dos cursos com Ensino a Distância (EaD), simuladores 2D e 3D e conteúdo multimídia audiovisual.
O SENAI tem 71 cursos em seu portfólio e, na lista dos 20 mais requisitados (veja abaixo), o destaque são as ocupações transversais, formação coringa que permite ao estudante exercer funções em quase todos os segmentos industriais. É o caso dos técnicos em eletrotécnica (1º), em mecânica (3º), segurança do trabalho (7º) e em redes de computadores (15º).
Um Novo Ensino Médio: SENAI é parceiro para o ensino técnico e profissional
Para se ter uma ideia, com a pandemia e a escassez de ventiladores pulmonares nas redes de saúde públicas e privadas, o SENAI e grandes indústrias direcionaram profissionais das áreas de eletrotécnica, eletrônica, elétrica, mecânica, biomédica e segurança do trabalho para o reparo dos equipamentos.
Profissões ligadas às novas tecnologias
De olho nas tecnologias e nas necessidades da indústria 4.0, os alunos também têm se interessado por cursos como o de automação industrial (4º) e eletroeletrônica (8º). E, entre as tendências que o SENAI identificou nos estudos Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 e Ocupações do pós Covid-19 com alta demanda em 2020 estão mecatrônica (5º), desenvolvimento de sistemas (9º) e logística (11º).
“Apesar de ter sido um ano atípico, a procura pela formação técnica e por esses cursos mostra que o brasileiro, e o jovem especialmente, sabe que tem um leque maior de atuação ao escolher ocupações consideradas essenciais, ou transversais como chamamos. Mas também temos aqueles que buscam especializar-se e estão de olho nas tendências”, observa o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Ele destaca que as 28 áreas da indústria – que variam de alimentos e automotiva a telecomunicações e energia – precisam de profissionais qualificados para lidar com os desafios da revolução tecnológica. De acordo com a última Sondagem Industrial, o setor acumula sete meses consecutivos de alta no emprego. Ao definir o portfólio e o currículo dos cursos, o SENAI avalia essa demanda e as projeções do mercado de trabalho para os próximos anos.
Qualificação Profissional
Diferentemente dos cursos técnicos, os de qualificação profissional são de, no mínimo, 160 horas, e duram, em média, três meses. Voltados para quem busca desenvolver uma competência para o exercício de uma profissão ou para quem deseja se requalificar, exigem uma escolaridade mínima, mas dispensam conhecimento técnico prévio.
Lideram, com o maior número de matrículas, os cursos de assistente administrativo, assistente de controle de qualidade, eletricista industrial, assistente de recursos humanos e operador de computador. Mas a lista abrange habilidades técnicas específicas, como eletricista de redes de distribuição de energia elétrica, inspetor de qualidade e mecânico de motocicletas.
Os jovens continuam sendo o maior público desse tipo de curso: entre as mais de 223 mil matrículas registradas, 39,3% são de pessoas na faixa etária de 16 a 23 anos e 26,1% de 24 a 31 anos.
Acesse
Conheça os cursos no Guia de Profissões do Mundo SENAI. No mesmo site, na página do curso técnico escolhido, estão listadas as unidades com matrículas abertas.
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A formação técnica, de menor duração e mais alinhada ao mercado de trabalho que o ensino superior tradicional, foi a opção de milhares de brasileiros que buscaram se qualificar em 2020. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) registrou 166.786 matrículas em cursos técnicos e 223.133 em cursos de qualificação profissional voltados para as necessidades da indústria, que hoje emprega 9,7 milhões de pessoas – ou 20,4% do total de empregos formais do país.
Os cursos técnicos têm duração de no mínimo 800 horas, ou 1 ano, podendo chegar a 3 anos; e o aluno deve estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Por preparar o indivíduo para o exercício de uma profissão, é muito procurado pelos jovens, de 16 a 23 anos, que representaram 50,8% (84.770) das matrículas em 2020.
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O SENAI tem 71 cursos em seu portfólio e, na lista dos 20 mais requisitados (veja abaixo), o destaque são as ocupações transversais, formação coringa que permite ao estudante exercer funções em quase todos os segmentos industriais. É o caso dos técnicos em eletrotécnica (1º), em mecânica (3º), segurança do trabalho (7º) e em redes de computadores (15º).
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De olho nas tecnologias e nas necessidades da indústria 4.0, os alunos também têm se interessado por cursos como o de automação industrial (4º) e eletroeletrônica (8º). E, entre as tendências que o SENAI identificou nos estudos Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 e Ocupações do pós Covid-19 com alta demanda em 2020 estão mecatrônica (5º), desenvolvimento de sistemas (9º) e logística (11º).
“Apesar de ter sido um ano atípico, a procura pela formação técnica e por esses cursos mostra que o brasileiro, e o jovem especialmente, sabe que tem um leque maior de atuação ao escolher ocupações consideradas essenciais, ou transversais como chamamos. Mas também temos aqueles que buscam especializar-se e estão de olho nas tendências”, observa o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Ele destaca que as 28 áreas da indústria – que variam de alimentos e automotiva a telecomunicações e energia – precisam de profissionais qualificados para lidar com os desafios da revolução tecnológica. De acordo com a última Sondagem Industrial, o setor acumula sete meses consecutivos de alta no emprego. Ao definir o portfólio e o currículo dos cursos, o SENAI avalia essa demanda e as projeções do mercado de trabalho para os próximos anos.
Qualificação Profissional
Diferentemente dos cursos técnicos, os de qualificação profissional são de, no mínimo, 160 horas, e duram, em média, três meses. Voltados para quem busca desenvolver uma competência para o exercício de uma profissão ou para quem deseja se requalificar, exigem uma escolaridade mínima, mas dispensam conhecimento técnico prévio.
Lideram, com o maior número de matrículas, os cursos de assistente administrativo, assistente de controle de qualidade, eletricista industrial, assistente de recursos humanos e operador de computador. Mas a lista abrange habilidades técnicas específicas, como eletricista de redes de distribuição de energia elétrica, inspetor de qualidade e mecânico de motocicletas.
Os jovens continuam sendo o maior público desse tipo de curso: entre as mais de 223 mil matrículas registradas, 39,3% são de pessoas na faixa etária de 16 a 23 anos e 26,1% de 24 a 31 anos.
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